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SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo decretou nove prisões preventivas de pessoas investigadas na Operação Persona, realizada pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal, que apura a atuação das empresas Cisco e Mude na montagem de uma cadeia de empresas interpostas nos EUA e no Brasil para a realização de diversas fraudes no comércio exterior. Os envolvidos, segundo a Receita, deixaram de recolher R$ 1,5 bilhão em impostos.
O MP pediu à Justiça a conversão das prisões temporárias de seis investigados em prisões preventivas. Continuam presos José Roberto Pernomian Rodrigues, Paulo Roberto Moreira, Carlos Roberto Carnevali, Helio Benetti Pedreira, Cid Guardia Filho, o Kiko, e Moacyr Alvaro Sampaio. Os seis foram transferidos nesta sexta-feira para uma prisão em Guarulhos.
O Ministério Público pediu também a prisão preventiva de mais cinco investigados. A Justiça determinou a prisão de três deles: Fernando Machado Grecco, Marcelo Naoki Ikeda e de Ernani Bertino Maciel, sob o fundamento de ameaça à ordem econômica e a conveniência da instrução penal. Soltos, os investigados poderiam influenciar testemunhas e outros investigados.
A decisão judicial foi mantida em sigilo até a manhã desta sexta, quando a Polícia Federal providenciou a captura de Grecco e Ikeda. Ernani Maciel está foragido. Ele e a família teriam deixado sua residência na noite de quinta-feira, horas após ele se apresentar à Superintendência da Polícia Federal e prestar depoimento.
Maciel estava na lista de 41 investigados cuja prisão temporária foi decretada pela Justiça Federal. No dia 16 de outubro, quando a operação foi deflagrada, o investigado não foi localizado pela Polícia Federal. Mais tarde, seus advogados informaram que ele se apresentaria desde que fosse revogada sua prisão, pedido com o qual o MP não concordou.