Agência JB
RIO - O processo que investiga denúncias de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, teria comprado, em parceria com o usineiro João Lyra, mas por meio de laranjas e sem declarar à Receita Federal, duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas, está parado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar desde o dia 17 de agosto. O motivo, atual, é a falta de um relator. O presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO) já alegou que alguns senadores declinaram ao convite e que ele precisa escolher um nome forte. Com todas essas dificuldades, ele adiou a divulgação do nome para a relatoria na semana passada.
Nesta terça-feira, Quintanilha, em entrevista à imprensa, afirma que aguarda a resposta de dois parlamentares para que ele possa dar ao País a informação tão aguardada. Caso nenhum dos dois parlamentares aceite o convite, o senador informou que vai designar um membro do conselho para a tarefa, "independentemente da resposta".
O presidente do colegiado lembrou ainda que espera um relatório preliminar sobre o caso em 30 dias a contar da designação do relator.Quanto à nova representação que deverá ser protocolada nesta terça contra Renan para apurar denúncias de seu envolvimento em esquema de espionagem para vigiar os senadores da oposição Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO), Quintanilha informou que é importante que Renan esclareça o caso.