Agência JB
CURITIBA - Cerca 1,3 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) permanecem acampados em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Paraná. Vindos de diversas regiões do Estado, eles montaram as barracas terça-feira e, segundo o representante da coordenação do MST paranaense, José Damasceno, só pretendem deixar o local quando as negociações forem encerradas.
Uma das reivindicações do grupo é a compra de áreas para o assentamento de 9 mil famílias. Hoje, cerca de 250 integrantes do movimento passaram a tarde discutindo a pauta de reivindicações com o secretário de Agricultura do Paraná, Valter Bianchini. O MST também defende a assinatura de convênio retomando o programa de assistência técnica para os assentamentos de reforma agrária. De acordo com líderes do movimento, o programa está bloqueado há um ano e meio, prejudicando o acesso de 17 mil famílias a créditos agrícolas.
Bianchini disse aos trabalhadores que vai analisar o processo com a Procuradoria e o governo do Estado e dar uma resposta até amanhã à tarde. De acordo com a assessoria do MST, Pelo convênio, serão liberados R$ 3,2 milhões do Incra e uma contrapartida de R$ 800 mil do governo estadual.
Líderes do movimento informaram que a volta dos trabalhadores para casa amanhã dependerá desse convênio. Se não for assinado o convênio, eles disseram que vão passar o final de semana acampados em frente ao Incra.
José Damasceno considerou razoáveis as negociações realizadas até agora.
Com informações da Agência Brasil