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Senado aprova fim da sessão secreta

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Portal Terra

BRASÍLIA - O Plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira, o projeto de resolução que acaba com sessões secretas para decisões sobre perda de mandato de senadores por quebra de decoro parlamentar.

A discussão do projeto teve início após a votação do primeiro processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando ele foi absolvido há cerca de duas semanas.

O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) comparou a sessão secreta de Calheiros com a escolha do Papa. - Isso aqui não é a escolha do Papa, não tem sentido fazer sessão secreta. Até porque as informações foram vazadas de formas distorcidas. Diversas pessoas passaram grande parte da sessão do Renan no telefone - disse.

O petista Aloizio Mercadante (SP) comemorou a aprovação da matéria, mas cobrou também o fim do voto secreto. - A transparência na vida pública é uma das coisas mais importantes. Precisamos de transparência, de luz. A sociedade tem que saber como vamos votar, mas não basta apenas ser uma sessão aberta, as votações também têm que ser transparentes. Demos um grande passo pela sessão aberta, mas é indispensável aprovar também o voto aberto, o voto transparente - disse.

A votação do projeto que acaba com a sessão secreta faz parte do acordo firmado entre governo e oposição para destrancar a pauta do Senado, que ficou paralisada durante toda a última semana. Antes disso, os parlamentares votaram cinco Medidas Provisórias.

A sessão aberta já valerá para os possíveis novos processos que Calheiros deve enfrentar no Plenário. Há ainda três representações contra ele no Conselho de Ética.

O próximo passo da oposição será brigar para colocar a proposta de emenda à constituição (PEC) que acaba com o voto secreto. Há ainda um projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que pede que senadores investigados pelo Conselho de Ética sejam afastados da mesa diretora.