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Senado analisa terceira representação contra Renan na quinta-feira

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Agência Brasil

BRASÍLIA - A terceira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será analisada na quinta-feira, dia 16, pela Mesa Diretora da Casa. A reunião estava marcada inicialmente para a terça-feira, dia 14, mas, de acordo com o 2º vice-presidente do Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), foi adiada devido à necessidade de notificação de Renan Calheiros, que está fora de Brasília.

Segundo Dias, a representação deverá ser encaminhada ao Conselho de Ética do Senado. O senador paranaense vai presidir a reunião de quinta-feira, uma vez o 1º vice-presidente, Tião Viana (PT-AC), estará, na ocasião, em seu estado para cumprir uma série de compromissos.

Álvaro Dias defendeu a necessidade de o Conselho de Ética julgar, o mais rápido possível, o destino político do presidente do Senado.

- A demora não só desgasta a instituição como compromete os trabalhos. Nós, da oposição, tivemos que obstruir os trabalhos, mesmo sabendo dos riscos que isso representa perante a opinião pública. Temos que encerrar essa história o mais rápido possível - disse.

O senador tucano disse acreditar que, assim que receberem o resultado da perícia dos documentos sob análise da Polícia Federal, os relatores da representação terão condições de concluir as investigações e apresentar o relatório para análise do conselho. Dias informou que os peritos deverão entregar os documentos sexta-feira.

A representação diz respeito à análise das denúncias de que Renan Calheiros teria recebido recursos de um funcionário da empresa Mendes Júnior para pagar uma pensão informal de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

Para o 1º vice-presidente da Casa, Tião Viana, a confirmação do empresário alagoano João Lyra de que Renan usou "laranjas" para adquirir veículos de comunicação no estado "agudiza" a crise no Senado. Lyra foi sócio de Renan em tais empreendimentos. Viana disse que os senadores devem conduzir o processo com serenidade.

- Existe uma posição de trincheira da oposição de emparedamento do presidente do Senado para que ele renuncie - afirmou Viana.

Diante da atitude da oposição, lembrou Viana, "o papel da base do governo é trabalhar para que os senadores tenham serenidade e evitem "um descompasso [das investigações] entre o que é o julgamento político, que já condenou o presidente Renan Calheiros, do que é o julgamento jurídico".