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Ouvidoria vai encaminha acusações do MST contra policiais gaúchos

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Agência Brasil

BRASÍLIA - A Ouvidoria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul deve encaminhar na terça-feira, dia 14, um pedido à Corregedoria da Brigada Militar para apurar denúncias de suspostas violações de direitos humanos contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A decisão foi acertada nesta segunda-feira, após uma reunião com o MST, segundo o ouvidor-geral de Segurança Pública do estado, Adão Paiani.

Na última quinta-feira, uma audiência pública marcada para discutir a questão fundiária, na cidade de Pedro Osório, a 305 quilômetros da capital gaúcha, terminou em conflito entre policias, MST e produtores rurais ligados à Federação gaúcha da Agricultura (Farsul). A reunião havia sido marcada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Hoje, o ouvidor-geral de Segurança Pública disse que recebeu depoimentos dos integrantes do MST e algumas fitas de vídeo e fotos produzidos pela imprensa local. Durante o incidente, cerca de 20 agricultores do MST saíram feridos e outros seis foram presos. De acordo com a Brigada Militar, um policial também precisou ser internado e na contagem do ruralistas seis produtores foram agredidos.

- Vamos encaminhar o material a Corregedoria, ao Comando da Brigada Militar e à Secretaria de Segurança Pública do estado. Depois, vamos acompanhar para que as investigações tenham isenção e para que os eventuais responsáveis por excessos sejam punidos - completou.

O ouvidor espera a instauração de uma sindicância pela Corregedoria em 45 dias. No caso da constatação de excessos, explica que os militares podem até ser excluídos da corporação.

O Ouvidor disse também que vai encaminhar as denúncias a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH). E marcou para a próxima segunda-feira (20) uma reunião com representantes do Ministério da Justiça, Ministério Público Federal e Estadual e da Secretaria de Segurança Pública. O objetivo é discutir o incidente e evitar que a situação se repita em outros pontos de tensão agrária no estado, como as cidades de Nova Santa Rita, São Gabriel e Coqueiros do Sul.