Portal Terra
SÃO PAULO - A juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Cátia Lungov negou o pedido do Sindicato dos Metroviários de São Paulo para cancelar parte das 61 demissões de trabalhadores da categoria. Segundo ela, as demissões não tiveram relação com a greve dos dias 2 e 3 de agosto. Os metroviários que participaram da reunião no TRT afirmaram que vão recorrer da decisão.
Os metroviários alegam que as demissões foram uma retaliação à paralisação. Segundo os representantes do sindicato, o número de demissões logo após a greve foi alto, se comparado com o total do ano passado, que foi de 11 funcionários por mês, em média.
O Metrô nega retaliação e afirma que as demissões foram provocadas por baixo desempenho dos funcionários. Os representantes do Metrô afirmaram ainda, na audiência, que o número de demissões vem diminuindo a cada mês. Em 2006, segundo eles, foram 241 demissões ao ano, enquanto que, em 2007, foram 119 até julho.
Orlando Correia da Paixão, 30 anos, um dos 61 metroviários demitidos após a greve, disse que se sentiu ofendido com a decisão da juíza. Para ele, a justificativa do Metrô para as demissões é falsa.
- Em julho, ganhei uma promoção prevista no plano de carreira, mas fui demitido depois que participei da greve. No meu caso, não foi por improdutividade - afirmou.