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Jobim: 'Espaço para baratear passagens não pode prevalecer'

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse, no início da noite desta segunda-feira, que as companhias aéreas alegam que a distância entre as poltronas das aeronaves é menor para baratear o custo das passagens. Ele disse, no entanto, que esse tipo de cálculo não pode prevalecer.

- Se for assim, vamos viajar em pé - afirmou.

Na avaliação do ministro, a composição dos preços das passagens aéreas não pode atuar em detrimento da segurança e do conforto aos usuários.

Segundo o ministro, "não importa" qual o percentual de pessoas sofre com a distância das poltronas. Segundo ele, "altos e baixos estão insatisfeitos" com a disposição dos assentos.

Mais cedo, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, afirmou que apenas 5% dos passageiros têm a mesma reclamação do ministro e não se sentem confortáveis com o espaço nos assentos dos aviões. O número, segundo ele, é baseado em pesquisas realizadas nas agências de 27 Estados brasileiros.

Nelson Jobim contou que conversou, nesta segunda-feira, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto e que ele lhe disse que não conseguiu concluir um voto em um dos processos do STF, durante uma viagem da região Norte para Brasília, porque não havia espaço suficiente entre as poltronas.

- O ministro Carlos Britto tem em torno de 1,60 m - disse Jobim.