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BRASÍLIA - O novo presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, admitiu, nesta segunda-feira, a possibilidade de privatizar os aeroportos brasileiros. Gaudenzi afirmou que "não vê preconceito em estudar" essa alternativa, embora tenha dúvidas de como o sistema iria atuar.
Atualmente, segundo ele, há 67 aeroportos no País, dos quais apenas dez com superávit.
- Provavelmente esses dez teriam pessoas querendo investir, mas nós teríamos que continuar atuando nos outros 57 pelo resto do País - afirmou.
Gaudenzi participou nesta segunda-feira de audiência pública na subcomissão dos marcos regulatórios do Senado Federal. Além dele, o presidente da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, e o presidente do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, brigadeiro-do-ar Ramon Borges Cardoso, também participaram da reunião.
Zuanazzi e Cardoso apresentaram queixas com relação a falta de pessoal especializado. Cardoso falou que faltam técnicos para manutenção e Zuanazzi explicou que a Anac também precisa de pessoas para atuar no setor.
O presidente da Anac voltou a rechaçar as críticas que vem sofrendo por causa da crise no setor aéreo. O único problema que ele admitiu foi a demora da agência em agir na comunicação do usuário.
- Demoramos muito para ajeitar a comunicação do usuário no momento de crise. Essa crítica eu aceito. Passamos por um conjunto de problemas e se estereotipou tudo na Anac - afirmou.