Agência Brasil
BRASÍLIA - O traficante de drogas colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia é o 60º preso a ocupar uma das 208 vagas do presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS).
Preso na última terça-feira durante a Operação Faroeste, da Polícia Federal (PF), Abadia foi transferido no final da tarde desse sábado da carceragem da PF em São Paulo para o presídio federal, onde também estão os criminosos Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e José Reginaldo Girotti, apontado como líder do assalto ao Banco Central ocorrido em Fortaleza em 2005.
O pedido de transferência foi feito pela 6ª Vara da Justiça de São Paulo, por motivo de segurança, à Justiça Federal de Campo Grande. Coordenada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, a operação teve apoio de policiais federais.
Na última quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decretou a prisão preventiva para extradição de Abadia. A prisão havia sido pedida pelo governo dos Estados Unidos, baseada em tratado de extradição firmado com o Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, cabe ao Itamaraty informar o governo norte-americano da concessão da prisão preventiva para extradição pelo STF. A partir desse comunicado, os Estados Unidos têm prazo de 60 dias para pedir a extradição.
De acordo com o ministério, o prazo para a permanência do traficante colombiano no presídio federal é de um ano, prorrogável pelo mesmo período.
Juan Carlos Ramirez Abadia tem uma fortuna avaliada em US$ 1,8 bilhão, segundo o Departamento de Estado norte-americano.