Agência Brasil
BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo no Senado Federal vai ouvir representantes dos familiares das vítimas do acidente com o Boeing da Gol na terça-feira para apurar denúncias de que os pertences sumiram do local do acidente.
Os senadores ouvem a presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Vôo 1907, Angelita Marchi; o oficial responsável pela coleta dos pertences no local do acidente e o funcionário da Gol responsável por acompanhar a coleta e guarda dos pertences pessoais das vítimas.
Na quarta-feira, a CPI ouvirá empresários ligados ao setor de publicidade aeroportuária. Entre eles, Adilson Silva, da Sá Publicidade.
Ele foi citado pela empresária paraense Silvia Pfeiffer, em à comissão, como uma das pessoas que participava de um suposto esquema de corrupção entre a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e empresas de publicidade.
Também será ouvido pelos senadores o presidente da Associação Brasileira Mídia Aeroportuária, José Oliveira Sobrinho.
Na quinta-feira, vão depor a Diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu; o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, e o ex- presidente da Infraero José Carlos Pereira.
No último dia 3, Pereira afirmou ao jornal O Globo que Denise tentaria fazer com que a Anac patrocine a transferência do setor de cargas dos aeroportos de Congonhas (SP) e Viracopos, em Campinas, para o aeroporto de Riberão Preto (SP).
Esse terminal é administrado pelo dono da empresa Terminais Aduaneiros do Brasil (Tead), Carlos Enersto Camargo, que, de acordo com Pereira, seria amigo da diretora da Anac.
Em nota oficial, a diretora respondeu que a transferência não poderia ocorrer porque o aeroporto não tem condições de receber aviões cargueiros.