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ALAGOAS - A quebra do sigilo bancário, fiscal e tributário do frigorífico Mafrial teria sido determinada pela Justiça de Alagoas. A empresa teria sido intermediária nas negociações de gado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conforme alegações do parlamentar em sua defesa no processo a que responde no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro. Além do Mafrial, outros seis abatedouros do Estado tiveram seus sigilos quebrados.
- Pelas notícias divulgadas nacionalmente, o governo do Estado mandou levantar como estava o comércio de bois. Foi constatada uma forte suspeita de que algumas empresas estavam sendo utilizadas para determinadas operações - afirmou o procurador-geral, Mário Jorge Uchôa.
As dúvidas sobre o Mafrial surgiram quando foram analisadas notas de negociação de gado que Calheiros utilizou para justificar sua renda por conta de denúncias de que ele teria tido contas pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior.
As suspeitas seriam de que notas apresentadas pelo presidente do Senado para comprovar a venda de bois se referiam a empresas precárias ou fantasmas. Calheiros alegou que a intermediação dessa venda teria sido feita pelo Mafrial.