Agência Brasil
BRASÍLIA - A boa estrutura do Comitê Paraolímpico Brasileiro, com parceiros e patrocinadores, faz com que o Brasil tenha um dos movimentos de esportes para deficientes mais avançados do mundo. A avaliação é do presidente do Comitê Paraolímpico das Américas, o brasileiro Andrew Parsons. Segundo ele, o esporte paraolímpico vem crescendo cada vez mais desde as olimpíadas de Atenas, em 2004, especialmente por causa do reconhecimento da sociedade e dos meios de comunicação.
- Antes se tinha idéia do esporte paraolímpico como recreação, como uma terapia. Hoje, o atleta paraolímpico é encarado com um atleta de alto nível, de alta performance - avalia.
Segundo Parsons, as competições de atletas com deficiência são uma forma de mostrar à sociedade em geral o potencial da pessoa com deficiência, mas também servem para a criação de referência para outras pessoas com deficiência.
- Quando uma pessoa com deficiência vê o Clodoaldo Silva nadando, vê a Teresinha Guilhermino correndo, um atleta em cadeira de rodas jogando basquete com o nível de performance que eles têm nessas competições, ele vê que para ele também é possível, que ele também pode chegar a esse nível se treinar, se dedicar, se superar a sua deficiência - diz Parsons.
Segundo ele, quem quer começar a praticar um esporte paraolímpico deve procurar um clube vinculado a associações de deficientes ou um profissional de educação física que possa identificar em qual modalidade o esportista tem mais habilidade. Mas ele alerta que, assim como nas modalidades olímpicas, o esporte deve ser encarado como uma atividade física e uma forma de socialização.
- Nem todas as pessoas que praticarem atividades físicas vão se tornar atletas, e nem todos os que se tornarem atletas vão ser atletas de nível internacional. É o mesmo mecanismo do movimento olímpico - explica.