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SÃO PAULO - Policiais federais ainda procuram cinco foragidos acusados de envolvimento num esquema de compra de produtos e serviços superfaturados pela Petrobrás. A Operação Águas Profundas cumpriu 13 dos 18 mandados de prisão nesta terça-feira. Entre os detidos estão três funcionários da estatal. Oito acusados vão responder em liberdade porque não tiveram prisão decretada pela Justiça.
O coordenador da comissão de licitações da Petrobras, Carlos Alberto Pereira Feitosa, o gerente-geral das plataformas do Rio de Janeiro, Rômulo Miguel de Morais, e o gerente-geral de serviços e sondagens submersíveis, Carlos Heleno Netto Barbosa, já foram afastados. Eles teriam recebido propina para repassar informações privilegiadas à quadrilha sobre as concorrências da empresa.
De acordo com investigações da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público, pelo menos a construção e a manutenção das plataformas P-14 e P-16 teriam beneficiado o grupo. As companhias acusadas de vender produtos e serviços acima do valor de mercado agiam de forma que pudessem se revezar na conquista de licitações.
Na casa do filho do suspeito apontado como contador da quadrilha, no município de Niterói, na região metropolitana do Rio, foram apreendidos mais de R$ 500 mil em espécie. Também foram encontrados na Operação Águas Profundas documentos de contabilidade, três escopetas e dois fuzis.
Os envolvidos podem ser processados por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, falsidade documental e estelionato. A Petrobrás divulgou nota informando que não medirá esforços para colaborar com as investigações das autoridades e que vai continuar adotando todas as medidas necessárias para coibir qualquer desvio de conduta dos funcionários.