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Sibá nega manobra de aliados no caso Calheiros

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Portal Terra

BRASÍLIA - O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), negou qualquer tipo de manobra da base aliada do governo para aumentar o prazo de votação do relatório sobre o presidente da Casa, com o intuito de tentar conseguir, de novo, maioria no colegiado a favor de Renan Calheiros (PMDB-AL). Sibá admitiu a dificuldade de achar um novo relator, mas negou que isso aconteça para ganhar tempo. O Conselho investiga acusação de quebra de decoro parlamentar contra o senador.

De acordo com denúncias, Calheiros teria despesas pessoais - inclusive a pensão para a filha que tem com a jornalista Mônica Veloso - pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior.

- Não há nenhuma medida protelatória. O Cconselho tem tido dificuldades para a relatoria, mas não há esticamento de prazo para protelar - disse Sibá.

Ainda segundo o presidente do Conselho, quem define o prazo para finalizar o processo por quebra de decoro parlamentar são os membros do colegiado e não apenas ele. - Quem vai dizer se vai levar um dia, uma semana ou um mês é o colegiado - afirmou.

Ao chegar no Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também afirmou não ter preocupações sobre o prazo. - Eu não tenho nenhuma preocupação com a questão do prazo. O prazo era muito importante para mim para que eu fizesse as provas, eu já fiz as provas. A questão de prazo é questão do Conselho - afirmou Calheiros.

Sobre o novo relator, Sibá Machado praticamente descartou a possibilidade de o cargo ser ocupado por alguém da oposição. Ele explicou que isso só acontecerá caso ninguém da base aliada do governo aceite a função. Hoje, no entanto, o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou estar à disposição para a relatoria. Machado disse ainda que conversou durante todo o dia de hoje com os líderes para debater o assunto e que há a possibilidade de criar uma comissão com três senadores para exercer a função. Ele disse também que até domingo o nome deve estar definido.

A sessão do Conselho de Ética que iria definir as próximas ações da investigação foi adiada nesta manhã. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que havia assumido a relatoria no lugar do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), renunciou nesta quarta.