Agência JB
RIO - A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou dados alarmantes sobre o trabalho infantil, que cresceu 10% no Brasil entre os anos de 2004 e 2005. A
Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que 3 milhões de crianças e adolescentes na faixa dos cinco aos 15 anos de idade trabalham e que deste total, 62.239, ou o equivalente a 2,31%, estão no estado do Rio de Janeiro, na área rural.
O governo federal, através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) desenvolve ações e políticas públicas, mas ainda falta muito para a erradicação do problema. A procuradora regional do Trabalho, Ana Lúcia Riani de Luna, reconhece a grandeza do trabalho, mas afirma que ainda existe a necessidade de uma rede de proteção maior, de um envolvimento maior, de políticas públicas mais ousadas e da conscientização das pessoas que utilizam mão-de-obra infantil .
A procuradora alertou para um fato absurdo, mas que faz parte da rotina dos agricultores rurais, de que muitos deles usam seus próprios filhos na lida e os colocam para realizar tarefas, muitas vezes perigosas.
Ela explicou que as estatísticas não incluem o trabalho informal de crianças nas ruas, como vendedores, malabaristas em sinais luminosos ou lavadores de carros, o que ocorre principalmente nas grandes cidades.
- Essa população merece e precisa de toda a nossa atenção, para que seja amparada pelas políticas públicas já existentes e também seja contemplada com políticas públicas novas, mais ousadas, mais modernas e atuantes concluiu.