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Direção do PT entra na reforma política para impor voto em lista

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Agência JB

RIO - A Executiva Nacional do PT divulgou, nesta segunda-feira, que vai exigir que os 83 deputados do partido votem a favor da proposta de eleições de deputados e vereadores por meio de listas fechadas, substituindo o atual processo de escolha pelo voto direto do eleitor nos candidatos.

A decisão poderá definir o processo de votação de reforma política na Câmara, que caiu num impasse por causa da divisão dos maiores partidos em torno da proposta do voto em lista, que condiciona outros pontos do projeto.

Em comunicado à imprensa, a Executiva disse que vai fechar questão sobre a reforma política, especialmente sobre o financiamento público de campanhas e o voto em lista fechada, sem os quais não se acaba com o caixa dois e a corrupção eleitoral'.

A decisão deve ser anunciada na próxima quinta-feira, segundo dia de uma rodada de discussões entre dirigentes e parlamentares do PT iniciada na tarde desta segunda-feira em Brasília. O PT tem precedentes de expulsão de parlamentares que não seguiram orientações da Executiva.

O principal argumento dos parlamentares contrários ao voto em lista é o de que o sistema transfere para as burocracias partidárias uma prerrogativa que seria, hoje, do eleitor. O senador Eduardo Suplicy (SP) disse que defende o direito do eleitor, de escolher diretamente seus candidatos.

A resistência ao voto em lista é comandada pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), um dos parlamentares mais próximos ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já anunciou que iniciará o processo de votação da reforma política assim que a Câmara decidir sobre duas medidas provisórias que têm prioridade na pauta de votações.

O Palácio do Planalto não deu uma orientação oficial aos partidos da base governista, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem afirmado que o Congresso deveria aprovar rapidamente algum tipo de reforma política, aproveitando o fato de que não há eleições este ano.

Com informações de agências.