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Petrobras pretende fechar amanhã venda de refinarias à Bolívia

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Agência JB

RIO DE JANEIRO - A Petrobras anunciou nesta quarta-feira que espera concluir na próxima quinta-feira em La Paz a venda de suas duas refinarias na Bolívia, vendidas ao Estado boliviano por US$ 112 milhões.

- Executivos da Petrobras se reunirão nesta quinta em La Paz com a equipe da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) para concluir a venda das refinarias de Cochabamba e Santa Cruz nos termos já estipulados - disse a empresa em comunicado oficial.

A companhia petrolífera explicou que na semana passada entregou à YPFB todos os documentos e informações necessários para concretizar o negócio e para a transferência de operação das refinarias à empresa boliviana.

- A Petrobras não vê nenhum obstáculo para a rápida venda e transferência das operações para YPFB e espera que a conclusão do negócio possa ser realizada imediatamente - afirmou o comunicado.

Na semana passada o Governo brasileiro anunciou que tinha chegado a um acordo com o da Bolívia para vender as duas refinarias adquiridas pela Petrobras uma década antes.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta em Brasília investigar os detalhes da venda para apurar denúncias de que o Estado sofreu prejuízos na negociação.

A investigação do Tribunal acolhe uma queixa do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF). Ele argumentou que as duas centrais tinham sido adquiridas em 1999 por US$ 104 milhões e recuperadas com um investimento de mais US$ 30 milhões.

Para o deputado, o preço das refinarias deveria ser de US$ 182 milhões para refletir o valor mínimo e justo das instalações, assim como os investimentos da Petrobras.

Segundo o Governo boliviano, inicialmente a Petrobras queria US$ 200 milhões pelas refinarias, mas ao longo da negociação foi reduzindo o pedido.

Fontes oficiais citadas pela imprensa dizem que a venda sofreu uma intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que supostamente queria evitar um maior desgaste nas relações entre Brasil e Bolívia.