Agência Brasil
BRASÍLIA - Depois de receber, no final da tarde de hoje, 16 de maio, representantes dos trabalhadores de casas de bingo, que pediam a legalização dessa atividade para garantir seus empregos, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prometeu empenho para sensibilizar o Congresso Nacional quanto à aprovação da lei que regulamenta o funcionamento dos bingos.
Lupi disse estar "solidário com 120 mil brasileiros, alguns ainda no mercado formal, com carteira assinada e com o direitos garantidos". Além de garantir renda aos trabalhadores e às famílias, acrescentou, a legalização da atividade deve gerar mais impostos para a União e ajudará a coibir esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. Para isso, disse, caberá à Polícia Federal e aos demais agentes públicos atuarem "com rigor".
A sociedade, segundo Lupi, deve admitir que, na realidade, muitas casas de jogos ainda funcionam e "as pessoas têm o direito de freqüentá-las por uma opção minha, nunca entrei em um bingo, mas minha mãe [com 74 anos] vai".
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), informou que a regulamentação da atividade representaria a garantia de mais de 300 mil empregos.
- Se a gente conseguir legalizar não só os 120 mil empregados diretos, mas também os indiretos, poderemos reduzir o desemprego no país.
Os representantes sindicais, que organizaram uma manifestação em Brasília hoje, também se encontraram com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Segundo o presidente da Força Sindical, o ministro se mostrou sensível à reivindicação e disposto a mobilizar os parlamentares.
Devido a escândalos de corrupção envolvendo casa de jogos nos últimos anos, o governo federal suspendeu o funcionamento dos bingos. Para definir a competência sobre a autorização do funcionamento desses estabelecimentos, o Supremo Tribunal Federal deverá julgar, ainda nesta semana, uma decisão (súmula vinculante) que poderá impedir os tribunais regionais de concederem essa autorização.