Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta sexta-feira uma avaliação positiva da situação política e econômica do país, durante seu discurso na cerimônia em que deu posse a três novos ministros. Lula afirmou que o país vive uma situação econômica "sólida" e ressaltou a forma como o governo vem construindo uma coalizão política com partidos aliados, visando a um projeto de longo prazo.
O presidente destacou o resultado da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) anunciado na última quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o balanço das negociações salariais, lançado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ao assumir o Ministério do Turismo, Marta Suplicy afirmou que pretende incentivar o turismo doméstico no país, através da concessão de empréstimo com desconto na folha de pagamento do trabalhador. O presidente elogiou o trabalho do ex-ministro do Turismo e agora ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia e, em relação a Marta, disse que o trabalho dela na Prefeitura de São Paulo (2001-2004) a credencia para "ocupar qualquer cargo no mundo".
Mares Guia, o novo coordenador político do governo, disse que a oposição não pretende "enterrar" o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), lançado no início do ano pelo governo federal com uma série de propostas para incentivar o desenvolvimento. Ele prometeu um diálogo respeitoso com a oposição no Congresso.
Na posse de Reinhold Stephanes, peemedebista que assume o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento depois de já ter ocupado outros ministérios em governos anteriores e registrando passagens pelo partido da ditadura militar (1964-1985), a Arena, além do PDS e o PFL, Lula afirmou que não faz política olhando para o passado.
- Faço política olhando o que as pessoas vão ser amanhã e depois da amanhã - disse o presidente.
O novo ministro afirmou que manterá diálogo com o setor agropecuário, além dos parlamentares.
- Eles podem ter certeza de que terão um ministro com muito diálogo, com muito entendimento, que vai procurar ouvir a todos e aí tomar as decisões que terão que ser tomadas - disse.
Lula, por sua vez, pediu a Stephanes não ouça somente "os que gritam mais alto".