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No Planalto, Collor descarta concorrer à Presidência

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Portal Terra

BRASÍLIA - O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) retornou ao Palácio do Planalto na tarde dessa quarta-feira, depois de 15 anos longe do poder, e disse que aqueles que o xingaram de ladrão na sua saída em 1992 terão "de se calar". Collor disse também que não tem saudades do Palácio e que não tentará subir a rampa novamente.

Ao ser questionado pelos jornalistas como se sentia ao voltar no Palácio do Planalto de onde saiu xingado de ladrão, o senador de Alagoas disse que "essas pessoas todas tem de se calar agora, porque houve absolvição no Supremo Tribunal Federal (STF)", afirmou.

Collor deixou o Palácio em 29 de setembro de 1992, após ser aberto processo de impeachement contra ele na Câmara dos Deputados.

Apesar de negar sentir saudades do Palácio e garantir que não quer retornar à Presidência da República, Collor disse que a sensação de retorno "é boa". Ele voltou ao Palácio para participar de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebe a bancada do PTB do Senado.

Quando Collor deixou o Planalto, em 92, Lula concedeu uma entrevista ao jornalista Milton Neves e disse que "ao invés de construir um governo, ele construiu uma quadrilha", sobre o ex-presidente e que "a vontade de roubar e praticar corrupção jogou fora o sonho do povo brasileiro". Hoje, na teoria, Collor e Lula são aliados, já que o PTB integra o governo de coalizão.

Collor se irritou quando um jornalista perguntou se ele representava um "fruto da impunidade" e respondeu:

- Cada pergunta, hein, vou te contar. Não, absolutamente, ao contrário.

E completou "fui vítima de uma injustiça porque assim prolatou uma sentença do STF". O ex-presidente afirmou ainda que não está tentando provar nada à ninguém.