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RIO - Dezenove cidades da Bahia declararam situação de emergência por causa da cheia do Rio São Francisco. Quase cinco mil famílias estão desabrigadas. As autoridades calculam que, mesmo que pare de chover, a inundação nas áreas mais próximas das margens do São Francisco ainda vai durar um mês.
Com mais de 7,5 metros acima do nível normal, o rio São Francisco já deixou, só em Malhada, mais de 300 casas só com o telhado de fora d'água. Mas o prejuízo maior mesmo está na agricultura. Quase toda a produção de feijão, milho e mandioca está perdida.
Na cidade de Ibotirama, no oeste do Estado, o São Francisco está oito metros acima do normal; 1,2 famílias estão desabrigadas. As lavouras de milho foram totalmente inundadas. Em Bom Jesus da Lapa, todos os moradores da Ilha de Canabrava, a 15 quilômetros da cidade, tiveram que abandonar as casas. O nível do rio sobe, em média, dois centímetros por dia.
Na região Sudoeste, a cheia do Rio São Francisco isolou a cidade de Malhada. Cinco pontilhões de uma estrada foram arrastados pela correnteza. Outra tem mais de 15 quilômetros cobertos pela água. Onde transitavam carros, ônibus e caminhões, agora só passam barcos.
Maranhão
A situação também é grave no Maranhão. Em Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, a chuva deixou 300 famílias sem ter onde morar. A maior parte foi levada para o parque de exposições agropecuárias.
O nível do Rio Tocantins, que fica na divisa com o Maranhão e corta a cidade de Imperatriz, está sete metros acima do normal.
A chuva fez os reservatórios da usina de Lageado, em Palmas, transbordarem. As comportas tiveram que ser abertas. O nível do rio subiu tanto que a água chegou a invadir as ruas da cidade. Três bairros foram tomados pelo Tocantins.