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Candidatas a vice atacam o ex-capitão

Hélvio Romero/AE -
Manuela DÁvila, Kátia Abreu, Ana Amélia e Sônia Guajajara se uniram contra o fascismo
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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, foi o principal alvo de ataques nas declarações de quatro candidatas a vice durante o debate desta sexta, 28, promovido pelo jornal “El País” e pelo instituto de pesquisas Locomotiva. Participaram do evento Manuela D’Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT); Ana Amélia (PP), vice de Geraldo Alckmin (PSDB); Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes; e Sônia Guajajara (PSOL), vice de Guilherme Boulos .

Mirando o voto de eleitoras indecisas a pouco mais de uma semana do primeiro turno das eleições, as candidatas fizeram críticas à chapa do PSL, que lidera as pesquisas de intenção de voto. “Além de antidemocrático, Bolsonaro não tem compromisso nenhum com as bases para a construção da igualdade”, disse Manuela. “Ele defende surra corretiva para LGBTs, diz que mulheres podem ser estupradas de acordo com suas características físicas. Agora estamos reagindo a um conjunto de ódios”.

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Manuela DÁvila, Kátia Abreu, Ana Amélia e Sônia Guajajara se uniram contra o fascismo (Foto: Hélvio Romero/AE)

Questionada sobre um possível avanço de Bolsonaro para o segundo turno, Ana Amélia falou na necessidade de um país mais “tolerante”. “Alckmin irá para o segundo turno. Estou nesta chapa para contribuir para a evolução democrática. Temos que ter um país mais tolerante na questão racial, de gênero, religiosa e não podemos perturbar o ambiente mais do que já está.”

Katia Abreu chamou Bolsonaro de “fascistoide”: “O movimento é muito apropriado. É apenas a consequência e a reação justa das mulheres contra esse fascistoide, reacionário que quer nos puxar para trás. E nós não vamos permitir.”

A vice de Ciro Gomes afirmou que “ o autoritarismo não pode prevalecer” e explicou que as intervenções militares sem dão errado. “Onde o Exército sentou no Executivo, deu porcaria. Me dê um exemplo diferente que não tenha virado ditadura. No Brasil, inclusive. Espanha, França, Alemanha, aqui no Chile... Não deu certo em lugar nenhum.”

Sonia destacou o potencial das mulheres na definição do resultado eleitoral. “O Brasil ainda não superou o machismo e vê o avanço do fascismo As mulheres vão fazer a diferença nessas eleições. Quem vai acabar com a esta invisibilidade e do papel secundário que impõem sobre nós, somos nós mesmas” afirmou a vice de Boulos.