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Haddad empata com Ciro

Agora, os dois candidatos têm 13%. Bolsonaro cresceu dois pontos e continua à frente com 26%

JB -
Evolução da intenção de voto
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Na semana em que foi oficializado candidato do PT e substituto do ex-presidente Lula, o ex-prefeito Fernando Haddad voltou a crescer na pesquisa de intenções de voto do Datafolha divulgada ontem. O petista pulou de 9% para 13%, empatando com o candidato do PDT, Ciro Gomes. Os dois ocupam, hoje, o segundo lugar, atrás apenas de Jair Bolsonaro (PSL), que cresceu dois pontos percentuais com relação à pesquisa anterior e segue na liderança com 26% das intenções de voto.

Em terceiro aparecem Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 10% para 9%, empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), que caiu de 11% para 8%. Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) se mantiveram estagnados, com 3%. Cabo Daciolo (Patri), Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU) apresentam 1% cada. João Gourlart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram. Brancos e nulos somam 13%, e não sabem ou não responderam, 6%.

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Evolução da intenção de voto (Foto: JB)

Marina caiu metade das intenções de voto (16%) desde que teve sua candidatura registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em julho. Alckmin voltou ao percentual inicial, apesar da expectativa do PSDB de vê-lo crescer diante do maior espaço na propaganda do rádio e da TV. A curva é favorável a Bolsonaro – que segue internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo –, mesmo que ele tenha crescido dentro da margem de erro. Antes do atentado que sofreu em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro, o ex-capitão registrava 22% de intenções de voto, na primeira pesquisa sem a presença de Lula.

Entretanto, os únicos que, até agora, apresentaram aumento substancial foram Fernando Haddad e Ciro Gomes. O crescimento do petista no levantamento estimulado ocorreu principalmente onde Lula obtinha maior vantagem: entre os mais pobres e menos instruídos.

O líder em rejeição entre os candidatos segue também sendo Bolsonaro, com oscilação de 43% para 44%. Haddad viu seu índice subir de 22% para 26%, ultrapassando Alckmin (25%). Marina oscilou de 29% para 30% e Ciro, de 20% para 21%.

O atentado contra Bolsonaro, que levou alguns aliados do candidato a afirmar que ele poderia até ganhar no primeiro turno não teve esse efeito. Segundo o Datafolha, a facada fez com que apenas 2% das pessoas tenham decidido trocar de candidato a favor dele.

Nos cenários simulados para o segundo turno, o capitão da reserva tem 37%, frente a 41% de Alckmin. Marina tem 43% contra 39% de Bolsonaro. Com Ciro, o candidato do PSL tem 38% e fica atrás do pedetista (45%). Contra Haddad, ele apresenta 41%, enquanto o petista tem 40%. O candidato do PDT, por outro lado, ganha de todos os postulantes ao cargo em todos os cenários no segundo turno.

O levantamento foi feito entre os dias 13 e 14 de setembro, ouvindo 2.820 eleitores em 187 cidades, com uma margem de erro de 2% para mais ou para menos. A pesquisa tem 95% de confiança e foi contratada pela Folha de S. Paulo e Rede Globo.

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bolsonaro | ciro | elétrico | Haddad | PDT | pt