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Em apenas 14 dias Pantanal registra 2º pior outubro em número de focos de incêndios

As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Foto: Folhapress / Lalo de Almeida -
Mata queimada por um incêndio florestal que atingiu a fazenda Santa Tereza, na região da Serra do Amolar, no Pantanal do Mato Grosso do Sul
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Apenas nos primeiros 14 dias de outubro o Pantanal registrou 2.536 focos de incêndio no bioma, segundo pior número para o mês desde 1998, quando dados passaram a ser contabilizados.

As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A tendência é de que outubro de 2020 supere a pior marca já registrada para o mês, que ocorreu em 2002, com 2.761 focos de incêndios no Pantanal.

Em apenas duas semanas o registro de incêndios no bioma superou o total contabilizado em todo o mês de outubro de 2019, que teve 2.430 focos. O ano de 2020 acumula o maior número de queimadas na região.

Em setembro, o Pantanal teve o maior número de incêndios para um mês na história. Além disso, a região teve em 2020 o pior julho e o segundo pior agosto em relação à quantidade de queimadas.

As queimadas no bioma, agravadas pela maior seca em 47 anos, estão causando grande devastação e ameaçam santuários de animais como a onça pintada. Na Amazônia, também tem sido registrados recordes de incêndios e desmatamento.

Teoria do 'boi bombeiro'
A questão, além de prejuízo em si para os biomas, têm causado problemas internacionais para o Brasil, como ameaças para a concretização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

Em audiência pública no Senado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que as queimadas no Pantanal seriam menos intensas caso houvesse mais gado no bioma, pois os animais comeriam o capim seco e inflamável. A teoria também foi defendida pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.(com agência Sputnik Brasil)