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O vírus

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Sim, claro, o assunto poderia ser mais ameno para um artigo.

Mas, não há tema de interesse momentâneo igual ou maior do que este.

O mundo toma conhecimento de que as potências bélicas, além das super armas energéticas e explosivas, desenvolvem competitivamente, em seus laboratórios demoníacos, terríveis armas bacteriológicas capazes de matar rapidamente a população de uma grande cidade e de infectar sua atmosfera.

O mundo tem juízo, esperamos em Deus.

Mas, o mundo já destruiu duas grandes cidades, matou instantaneamente centenas de milhares de seres humanos com duas bombas catastróficas e até hoje há sobreviventes mutilados que relatam o horror.

O mundo já teve instalações satânicas de assassinato em massa com requintes de maldade.

Eu visitei o museu do horror de Auschvitz.

O juízo do mundo não é confiável na sua sanha de Poder.

Ó Deus onde estás que não respondes?

Em que mundo em que estrela tu te escondes, embuçado nos céus.

Há dois mil anos te mandei meu grito que embalde desde então corre o Infinito.

O poeta brasileiro falou pelos povos do mundo.

Como o cientista brasileiro junta-se aos colegas de todo o mundo, na luta contra o vírus.

Os profetas escatológicos sempre previram fins catastróficos de natureza astronômica: enormes corpos celestes que se chocavam

Hoje, surgem hipóteses calamitosas cujos personagens são invisíveis de tão pequenos. Por isso mesmo, mais perigosos.

É uma guerra nova, essa do vírus Covid-19.

A guerra do ser humano, da ciência humana contra seres invisíveis.

Bem, apesar de muita coisa, da vaidade humana e da sua fascinação pelo poder, eu confio na Humanidade.

Não há argumentos, razões a se confrontarem.

É uma questão de Fé.

Fé na Humanidade é importante, nesse momento.

Roberto Saturnino Braga. Ex-senador e ex-prefeito do Rio, é presidente do Centro Celso Furtado.