A disseminação da democracia, efetivamente, é uma consequência natural do princípio de autodeterminação.
Renunciando ao conceito tradicional em política de um equilíbrio entre interesses concorrentes, países democráticos estariam propensos a implementar não equilíbrio de poder, mas comunidade de poder.
Debate ultrapassado, nesses dias que correm, pela intensidade e pela magnitude dos fluxos globais. Sistemas e redes criam atualmente as condições regularizadas e relativamente duradouras de interligação.
O valor nasce da inclusão em redes. O espaço das redes é um campo de forças, onde a vontade de aumentar o número de conexões é contrabalançada pelo medo de perder o controle das redes constituídas.
Hoje os processos econômicos e políticos globais redefinem profundamente as decisões nacionais. Daí que as estratégias políticas envolvem a facilitação da adaptação aos fluxos econômicos transnacionais.
Pela primeira vez na história, o que sempre esteve no cerne da existência do Estado moderno só pode realizar-se eficazmente se as nações se reunirem e juntarem recursos, tecnologia e informações.
Os Estados, em vez de contestar os imperativos da mudança econômica global, têm de ajudar os cidadãos a irem onde quiserem, através do fornecimento de recursos sociais, culturais e educacionais.
À medida que indivíduos e coletividades vivenciam acontecimentos e fenômenos muito distantes, elaboram-se novos entendimentos, traços comuns e estruturas de sentido sem contato direto entre as pessoas.
O desenvolvimento de recursos e redes, e seu reconhecimento por um número crescente de pessoas, bem pode gerar uma consciência ampliada de destinos coletivos superpostos, a exigir soluções coletivas.
Desenvolvimento que pode apreciar ou considerar adequadamente a diversidade das comunidades, coerentemente em diferentes associações, ou coletividades, em níveis diferentes e para fins diferentes.
O bem político requer que se reforce a diversidade, por transformações trazidas na esteira da globalização.