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E o Brasil grande?

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Sim, realmente, não tenho escrito aos amigos com a frequência de meses atrás.

E a razão é uma só: o Desânimo.

Meu assunto principal, e quase único, é o nosso País, o Brasil. E não tenho e vezo nem o gosto de falar de um Brasil que não seja Grande, o Brasil nas suas dimensões reais e potenciais, o Brasil Potência da Paz.

Bem, creio que todos compreendem: está difícil, neste momento, e nos próximos quatro anos, falar de um Brasil Grande…

O povo, por ódio ao PT, disseminado pelas máquinas do Capital, votou num Brasil menor. E a realidade, respondendo ao voto popular, nos mostra um Brasil a caminho de ser, efetivamente, a subpotência sulamericana, obediente ao Império do Norte, em nome da defesa dos valores ocidentais.

E quais seriam estes valores ocidentais?

Se fizéssemos uma pesquisa de opinião neste Ocidente do mundo, eminentemente cristão, provavelmente a resposta apareceria capitaneada por virtudes cristãs, como a solidariedade, o humanismo, a justiça, a piedade, até mesmo a caridade.

Entretanto, ora, entretanto...

A realidade, honesta, é bem outra: são as virtudes do Capital: a produtividade, o lucro, a riqueza, o poder!

A racionalidade econômica, ou mais corretamente, a racionalidade financeira. A do Dinheiro mesmo.

Bem, aí está: os países, suas populações, têm uma alma, um modo de ser que reflete sua história e sua cultura.

E o nosso Brasil, durante 500 anos, foi uma nação profundamente católica: religiosa e muito católica. Os brasileiros fundadores e seguidores, até pouco tempo atrás, repudiavam o empréstimo de dinheiro a juros.

O prestamista era um usurário, agiota, avaro, onzenário, que vivia de esforço alheio, explorador do trabalho digno

Na politica, aqui mesmo no Estado do Rio, quanto ouvi dessas condenações!

Depois, vieram do Norte, na veia política, interessada, o Reino de Deus, a Assembleia de Deus, as seitas do Capital.

E o Brasil elegeu o Bolsonaro. O povo brasileiro votou nele (!).

Bem, somos democratas, e vamos conviver, por quatro anos, com o Brasil pequeno, subserviente, obediente, que não abastece navios iranianos no nosso porto, onde vieram comprar os nossos produtos, porque o Império proibiu.

Nossa!...

A que ponto!...

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artigo | brasil