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Por um país mais solidário e generoso

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A cada hora que passa no Brasil, uma criança é diagnosticada com câncer. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima que em 2018 serão registrados 12.500 novos casos da doença em crianças e adolescentes até 19 anos. Como causa geral de morte, a patologia só perde para as causas externas, como acidentes. Entretanto, como doença, o câncer é o que mais mata nessa faixa etária no país. Com esse cenário, celebrações como o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil e o Dia de Doar são extremamente importantes para chamar atenção para a relevância deste tema.

Há 30 anos, as chances de cura da criança e do adolescente com câncer no Brasil eram em torno de 35%. Hoje, segundo dados atualizados do Inca, os índices giram em torno de 64%. Porém, sabemos que, com diagnóstico precoce e tratamentos adequados em centros especializados, as chances podem ultrapassar 80%. Nos países desenvolvidos, esse percentual chega a 85% e esse é o nosso sonho para todo o Brasil.

Existem vários fatores que impactam as chances de cura da doença: o diagnóstico precoce, o acesso ao tratamento, a infraestrutura dos hospitais, a disponibilidade de casas de apoio – que impedem o abandono do tratamento –, a qualidade técnica dos profissionais, a disponibilidade de tratamentos, além dos exames.

O Instituto Ronald McDonald, há 19 anos, atua em todas as frentes acima para garantir que os pacientes e seus familiares tenham todo o apoio para superar a doença. Foi eleito a maior ONG na área de saúde no Brasil, segundo premiação da Revista Época em parceria com o Instituto Doar.

A organização é a maior investidora privada na área de oncologia pediátrica no país e investe recursos para o aumento das chances de cura do câncer atuando antes, durante e após o tratamento, por meio dos programas Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Casa Ronald McDonald e Espaço da Família Ronald McDonald. Só em 2017, foram mais de R$ 30 milhões investidos em projetos de todo o Brasil. Todo esse dinheiro é arrecadado exclusivamente por meio de doações, de pessoas ou empresas. Daí a importância de incentivar a cultura de doação.

O Dia de Doar, uma data inspirada nas comemorações de ação de graças em outros países, especialmente nos EUA, é o momento ideal para refletir sobre essa realidade. Manifestações solidárias como essa têm crescido ano a ano no Brasil com o incentivo da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). Já o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil completou uma década neste ano (Lei de Nº 11.650, de 4 de abril de 2008 ). O objetivo? Conscientizar a população sobre a doença e tentar mudar esse cenário em que vivemos.

É importante, também, que pais, mães e responsáveis fiquem atentos aos principais sintomas, que são bastante comuns na infância e podem ser confundidos com outras doenças frequentes na faixa etária. Já se avançou muito em relação à cura do câncer em crianças e adolescentes, mas ainda há muito o que todos nós podemos fazer: doar, ser voluntário, se engajar nas discussões sobre a doença. Tudo isso contribui para o sucesso do tratamento e para um país mais solidário e generoso.

* Superintendente do Instituto Ronald McDonald