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Procuradores relatam padronização de bandeiras e instalação de banheiros químicos em atos antidemocráticos

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Por JORNAL DO BRASIL com Agência Estado
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Publicado em 14/11/2022 às 07:54

Alterado em 14/11/2022 às 07:57

'Patriotas' reprodução

Rayssa Motta - O Ministério Público Federal (MPF) monitora manifestações antidemocráticas contra o resultado da eleição em pelo menos 17 Estados e no Distrito Federal. O objetivo é identificar os financiadores dos acampamentos organizados próximo a quartéis do Exército.

A padronização de bandeiras, a instalação de banheiros químicos e a distribuição de comidas chamou a atenção dos procuradores nos últimos dias.

Há pelo menos outras quatro frentes de investigação:

. Violações de direitos ao impedir o direito de ir e vir dos cidadãos;

. Uso de mulheres, crianças e idosos como escudo humano para evitar ações policiais;

. Discurso de ódio e gestos nazistas;

. Listas de boicote por motivação política.

O MPF divulgou um comunicado em que afirma que autoridades locais têm sido “lenientes” com os manifestantes. Procuradores ouvidos pelo Estadão confirmaram a falta de empenho em alguns Estados para dispersar os atos mesmo após a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

O procurador federal dos Direitos do Cidadão Carlos Alberto Vilhena, um dos nomes à frente da articulação do MPF, disse que as manifestações, “por se dizerem patriotas, tendem a ter maior leniência e tolerância das autoridades públicas federais e estaduais”. “No entanto, os ânimos estão mais exaltados por conta da divisão ideológica e não podemos admitir manifestações que violem outros direitos, como a nossa ordem democrática” defende.

Os protestos investigados ocorreram no Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Rio Grande do Norte, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins.

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