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Mais de 1.100 crianças mortas por covid no País; o ministro da Saúde acha pouco

Queiroga diz que quantidade de mortes não demanda urgência na liberação das vacinas infantis

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 23/12/2021 às 22:09

Alterado em 23/12/2021 às 22:09

Marcelo Queiroga Ministério da Saúde

Pressionado a iniciar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira, 23, que as mortes pela doença nessa faixa etária estão em nível que não demanda “decisões emergenciais”. A imunização infantil com a vacina da Pfizer foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há uma semana e tem respaldo da comunidade científica. A gestão Jair Bolsonaro, porém, abriu uma consulta pública sobre o assunto e diz que só vai decidir sobre a aplicação em janeiro.

Conforme o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, ao menos 1.148 crianças de 0 a 9 anos já morreram de covid no Brasil desde o início da pandemia. O número supera o total de mortes infantis por doenças com vacinas existentes.

“Os óbitos em crianças (por covid-19) estão absolutamente dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, favorece o Ministério da Saúde, que tem que tomar suas decisões em evidências científicas de qualidade”, afirmou Queiroga as jornalistas. “Felizmente, o número de óbitos nessa faixa etária é baixa. Isso quer dizer que não devemos nos preocupar? Claro que não. Mas mesmo que as vacinas começassem a ser aplicadas amanhã, isso não teria o condão de resolver o problema de forma retrospectiva”, acrescentou. (Eduardo Gayer/Agência Estado)

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