BRASIL
Alvo da CPI da covid, contrato de doses da vacina CanSino é rompido pelos chineses, diz mídia
Por Jornal do Brasil
Publicado em 29/06/2021 às 07:30
O laboratório chinês CanSino Biologics rescindiu, de forma unilateral, o contrato de parceria com a empresa brasileira Belcher Farmacêutica para a oferta de uma vacina de dose única contra a covid-19. Os chineses teriam alegado razões de compliance.
O fim da parceria ocorre após o Ministério da Saúde ter assinado uma carta de intenção de compra de 60 milhões de doses da vacina, conhecida como Convidecia, ao preço de US$ 17 (aproximadamente R$ 84) a dose, valor mais alto negociado pelo governo Bolsonaro para um imunizante contra o Sars-Cov-2. O valor total ficava em torno de R$ 5 bilhões.
O contrato é intermediado pela empresa Belcher Farmacêutica, alvo da Polícia Federal na Operação Falso Negativo, investigação que apura desvios de verbas na compra de testes para detecção de covid-19 pelo governo do Distrito Federal.
Alvo da CPI da covid
Após as denúncias sobre irregularidades na compra da vacina Covaxin, a CPI da Covid quer investigar a negociação para a aquisição de 60 milhões de doses da vacina chinesa CanSino.
A comissão quer informações sobre a ligação da empresa brasileira com o líder do governo na Câmara Federal, Ricardo Barros (PP-PR). Um dos sócios da Belcher Farmacêutica é filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, que foi presidente da empresa de urbanização de Maringá, Paraná, durante a gestão de Ricardo Barros como prefeito da cidade, de 1989 e 1992.(com agência Sputnik Brasil)