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Cruzes e balões vermelhos na praia de Copacabana homenageiam 100 mil mortos por Covid-19 no Brasil

Folhapress / Felipe Duest -
Ato da ONG Rio de Paz, na praia de Copacabana
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No dia que o Brasil chegou à marca de 100 mil mortes por Covid-19, balões vermelhos e cruzes foram colocados nas areais da tradicional praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para homenagear as vítimas da pandemia.

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Ato da ONG Rio de Paz, na praia de Copacabana (Foto: Folhapress / Felipe Duest)

No ato organizado pela ONG Rio de Paz, cerca mil balões de gás vermelhos biodegradáveis foram espalhados pelas areias da praia e em cem deles, fixadas cruzes pretas.

Foram fixados ainda na areia da praia cartazes com perguntas e dizeres como: “Por que somos o segundo país em número de mortos?”

O ato é também um protesto contra a forma como o poder público governos vem conduzindo o enfrentamento à pandemia de coronavírus no país.

“Poder público e sociedade precisam responder a uma questão para a qual nos remetem as 100 mil mortes por coronavírus: por que somos o segundo país em número de mortos? Da resposta racional, isenta e honesta a essa pergunta dependem as mudanças pelas quais o Brasil precisa passar a fim de vivermos num país no qual a santidade da vida humana seja respeitada”, disse Antônio Carlos Costa, presidente da Rio de Paz.

O fim do ato neste sábado se deu com os balões sendo soltos em memória às vítimas da Covid-19.

Dados do Ministério da Saúde mostraram que o Brasil chegou na sexta-feira a 99.572 mortes pela Covid-19.

Na última manifestação da ONG na praia para lembrar mortos pelo novo coronavírus houve um princípio de confusão quando um idoso não concordou com as covas rasas e cruzes espalhadas na areia e começou a destruí-las.

Em seguida, o taxista Márcio Antonio do Nascimento e Silva foi até a areia e começou a recolocar as cruzes no local. Ele perdeu um filho de 25 anos na pandemia. (Com agência Reuters)