SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Comerciantes da rua 25 de Março, região de comércio popular de São Paulo, sentiram os efeitos da greve geral nesta sexta-feira (14). Segundo lojistas, o movimento estava muito abaixo do esperado, sobretudo pela manhã.
"Agora no começo da tarde chegou mais gente. Mais cedo estava deserto", disse Adriana de Souza, 25, que trabalha como atendente em uma loja de cosméticos.
O shopping 25 de Março, normalmente abarrotado de clientes, estava vazio por volta das 14h, e algumas lojas nem sequer abriram.
"Teve uma queda grande, espero que amanhã normalize", disse a entregadora de panfletos Mariana Sales. "Acho que muita gente fica com receio de sair de casa."
Algumas lojas, por outro lado, não sentiram tanto. Segundo Eduardo Vieira, vendedor em uma loja de aparelhos eletrônicos, as vendas não caíram tanto quanto esperavam. "Aqui o nosso dia mais forte é o sábado. Achei que fosse ser pior hoje, mas quase não fugiu do normal", disse.
O comércio informal também teve prejuízo. "Isso aqui costuma ser um mar de gente nesse horário. Hoje está fraco demais, não está saindo quase nada", disse um vendedor de água.
Na ladeira Porto Geral, a entrada para o metrô estava fechada. "Isso atrapalha muito a gente, que depende de abordar as pessoas na rua", disse um vendedor ambulante.