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Organizadores estimam 30 mil pessoas em ato em BH

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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O ato a favor do governo Bolsonaro terminou com a saída dos carros de som, por volta das 13h30. Manifestantes queriam seguir, mas do alto do carro de som avisaram que o tempo contratado havia terminado.

Segundo organizadores, cerca de 30 mil pessoas se reuniram na praça da Liberdade neste domingo (26). A Polícia Militar não passa estimativas.

Com o começo da dispersão, alguns carros seguiram dando voltas na praça. Um deles liderou uma multidão ao som do hino nacional -tocado vários vezes durante o ato.

Outro, alternava músicas conhecidas da época de campanha como "O mito chegou" com "Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Moro", no tom de cantos de estádios de futebol.

Ao fim do ato, alguns manifestantes seguem na praça da Liberdade.

CAPITÃO AMÉRICA

A pessoa mais assediada para fotos no protesto em Belo Horizonte não foi nenhum político ou figura conhecida, mas um manifestante vestido de Capitão América.

Crianças e adultos pediam fotos com o homem fantasiado de herói, que segurava as bandeiras do Brasil e Israel. O escudo, marca clássica do personagem, ganhou uma versão com a foto de Bolsonaro.

"Todo adulto, toda criança gosta dos Vingadores. Eles são do mundo, não são dos Estados Unidos", diz ele. O personagem foi criado como um super patriota, na época da Segunda Guerra.

O Capitão América de BH é o motorista de Uber Luciano Rezende, 42. Ele veste o personagem há algum tempo para trabalho social em hospitais. Na militância política, passou a usá-lo durante as eleições de 2018.

"Porque eu acredito na justiça social e num país melhor. Somos brasileiros e não desistimos nunca", afirma.

Luciano diz que veio para a rua porque é fácil criticar um governo de poucos meses, e que brasileiros deveriam apoiar o presidente.

(FERNANDA CANOFRE)