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Bolsonaro diz que quer licença ambiental para pequenas hidrelétricas em até três meses

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (23) que deve diminuir para dois ou três meses o prazo de liberação para licenças ambientais para construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

"Até ano passado levava em média dez anos para uma licença, é um absurdo isso aí [...]. Em dois ou três meses é mais que o suficiente para você liberar quem por ventura queira construir uma PCH na sua região", declarou.

Bolsonaro participaria da inauguração da Usina Baixo Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, no sudoete do Paraná. Porém, devido ao mau tempo na região, ele desembarcou de avião presidencial em Cascavel, a cerca de 100 km do local, e não conseguiu seguir de helicóptero ao local da obra.

No aeroporto de Cascavel, o presidente declarou ainda que, até então, pouco foi investido em energia no Brasil, apesar de admitir que a obra do Baixo Iguaçu é um projeto de governos anteriores.

"Há poucos anos tivemos crise, pouco investimos na geração de energia [...]. [Essa] não é obra do nosso governo, vem lá de trás. Nós temos um projeto para outras fontes alternativas de energia, como eólica, solar, entre tantas outras", disse.

Em imagens gravadas pela CATVE, de Cascavel, Bolsonaro aparece cumprimentando pessoas que o aguardavam no aeroporto da cidade. "Nós vamos mudar o Brasil! O apoio de vocês é muito importante, emociona", declarou, com a voz embargada.

OBRA

As obras da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu começaram em 2013, ainda no governo Dilma Rousseff (PT). O processo licitatório, no entanto, demorou mais de dez anos para sair do papel, por entraves políticos, burocráticos e ambientais. O empreendimento já está operando com as três unidades geradoras de energia.

A usina recebeu R$ 2,3 bilhões em investimentos e conta com três grupos geradores que somam 350,2 megawatts (MW) de potência instalada, o suficiente para atender cerca de 1 milhão de pessoas. A Copel (Companhia Paranaense de Energia) detém 30% do investimento e o Grupo Neoenergia, consórcio formado por um grupo espanhol e o fundo de pensão do Banco do Brasil, os outros 70%.

KATNA BARAN