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Bolsonaro critica pauta de fechamento de Congresso e STF em atos de domingo

REUTERS/Adriano Machado -
Presidente Jair Bolsonaro
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Em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro criticou o fato de pautas como fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) estarem entre as reivindicações dos atos marcados para domingo (26).

Seus apoiadores chamam uma manifestação para esta data em apoio ao governo como resposta aos protestos do último dia 15, em que professores e alunos marcharam contra cortes na Educação.

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Presidente Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

De acordo com a BandNews, que estava presente no café, o presidente disse que esse tipo de pauta "está mais para Maduro", em referência ao ditador venezuelano Nicolás Maduro, de quem é crítico.

Apesar da fala, o próprio Bolsonaro já defendeu no passado –quando ocupava o cargo de deputado federal– o fechamento do Congresso.

Em julho do ano passado, um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse durante uma aula que bastava "um cabo e um soldado" para fechar o Supremo.

O presidente, que chamou manifestantes contra cortes na educação de "massa de manobra, afirmou nesta quinta que os atos de domingo são espontâneos.

Ele, que cogitou comparecer, foi aconselhado a manter distanciamento para que isso não contamine seu governo.

Bolsonaro voltou a minimizar a derrota imposta pela Câmara ao ministro da Justiça, Sergio Moro, que teve tirado de seu comando o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

"Continua no governo, não tem problema", resumiu Bolsonaro.

Apos uma série de embates, o plenário da Câmara aprovou nesta quarta a medida provisória que reestrutura o governo Bolsonaro, incluindo o enxugamento do número de ministérios implantado no começo do mandato.

O Coaf, que havia sido transferido à Justiça, voltou ao comando do Ministério da Economia, o que representa uma derrota a Moro.

Apesar dessa derrota, a aprovação da MP é positiva para Bolsonaro no geral, devido às dificuldades do governo para colocá-la em votação e ao risco de ela caducar até 3 de junho –o texto ainda precisará passar pelo Senado.

TALITA FERNANDES