ASSINE
search button

Presidente da comissão diz que Câmara estuda projeto próprio para reforma da Previdência

Segundo ele, a intenção é evitar que os erros do Planalto prejudiquem a economia do país

Marcelo Camargo/Agência Brasil -
Marcelo Ramos
Compartilhar

Em meio às mais novas turbulências que rondam o Palácio do Planalto, o presidente da Comissão Especial da Câmara que analisa a proposta de reforma da Previdência afirmou nesta sexta-feira (17) que os líderes partidários podem apresentar uma proposta própria de alteração das regras previdenciárias.

Segundo Marcelo Ramos (PR-AM), a intenção dos deputados é evitar que erros políticos do Planalto contaminem a pauta econômica do país.

Macaque in the trees
Marcelo Ramos (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

"Queremos proteger a pauta econômica da carga tóxica do governo", afirmou o parlamentar à reportagem.

Segundo ele, a ideia é que o próprio relator da reforma na comissão, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresente a proposta alternativa, caso haja acordo entre os partidos.

Ramos disse que essa nova proposta teria como premissa uma economia entre R$ 900 bilhões e R$ 1 trilhão, valor que é menor do que o projeto enviada pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) ao Congresso, que falava em economia de R$ 1,2 trilhão em dez anos.

A afirmação do deputado vem no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro fez circular texto que diz que o Brasil é ingovernável fora dos conchavos, com fortes críticas ao Congresso e aos militares.

O dólar fechou essa sexta em alta, valendo R$ 4,10, valorização de 1,58%. Já a Bolsa teve seu pior desempenho do ano, abaixo dos 90 mil pontos.

A reforma da Previdência é a prioridade do governo Bolsonaro, mas o Planalto tem enfrentado sérias dificuldades em sua articulação com o Congresso. Nesta semana, assistiu a grandes protestos de rua contra cortes na educação.

Para ser aprovada pelo Congresso, a reforma precisa do apoio de pelo menos 60% dos deputados federais e senadores, em dois turnos de votação em cada Casa.

Thais Arbex