Em votação entre os ministros nesta quarta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal formou a lista tríplice que será enviada ao presidente Jair Bolsonaro para nomear o novo ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) oriundo da advocacia.
A ex-ministra da AGU (Advocacia-Geral da União) Grace Mendonça foi a mais votada pelos magistrados do STF e encabeça a lista tríplice. Em seguida vêm Sérgio Banhos e Carlos Horbach, que já atuam no TSE como ministros substitutos.
O escolhido por Bolsonaro substituirá, pelos próximos dois anos, o atual ministro Admar Gonzaga Neto, cujo mandato termina neste sábado (27).
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, informou antes da votação que Admar não apresentou seu nome para eventual recondução ao cargo.
No final de 2017, Admar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob acusação de ter agredido sua mulher -ele tem negado a acusação. O episódio gerou desgaste e, segundo pessoas que circulam nos tribunais, inviabilizou sua recondução para mais um biênio no TSE.
A escolha do próximo ministro por Bolsonaro deve ser observada com interesse por autoridades, pois será a primeira indicação do presidente para tribunais superiores.
Ao longo de seu mandato, Bolsonaro deverá indicar também ao menos dois nomes para o Supremo, que sucederão os ministros Celso de Mello (em 2020) e Marco Aurélio (em 2021).
O TSE é composto por sete ministros: três do Supremo, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois da advocacia, indicados em lista tríplice pelos ministros do STF e escolhidos pelo presidente. O outro integrante da advocacia é Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, cujo mandato termina em 5 de maio.