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Governo Bolsonaro quer realinhar diplomacia e promete parceria intensa com EUA

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O governo de Jair Bolsonaro voltou a prometer um realinhamento da diplomacia multilateral, "a fim de melhor refletir os valores da sociedade brasileira, e focada na defesa de interesses do País". No texto, o governo promete reforçar os laços com os Estados Unidos e priorizar novos acordos comerciais.

No documento enviado ao Congresso Nacional, que abrange a mensagem e as principais propostas do Executivo para este ano, o governo diz que "será dado destaque às negociações multilaterais, especialmente na Organização Mundial do Comércio (OMC), cuja nova agenda o Brasil terá maior protagonismo".

Ainda segundo o texto, a diplomacia bilateral será "reorientada para maximizar resultados para o País e seus cidadãos". "Buscar-se-á fortalecer relações com países que sejam efetivamente estratégicos para o Brasil, por valores comuns, pelo potencial promissor em comércio e investimentos e no compartilhamento de tecnologias que contribuam para solucionar problemas concretos enfrentados pelo País", traz o texto na página 112.

O governo lembra que o Brasil assumirá a presidência de turno do Brics neste ano, "o que demandará intensificação dos esforços internos de coordenação". Também destaca que assumirá, no segundo semestre de 2019, a presidência pro tempore do Mercosul. "Ao lado dos demais Estados Partes, o País irá realizar uma revisão do bloco para garantir que atenda aos objetivos econômicos de seus integrantes".

Além disso, segundo o texto, o governo "redobrará" esforços para construir uma nova parceria, mais intensa e elevada, com os Estados Unidos, que maximize as oportunidades de desenvolvimento do Brasil. "Em outra frente de trabalho, o governo irá lutar para assegurar o fortalecimento da democracia e das liberdades individuais na região, com particular atenção às situações na Venezuela, na Nicarágua e em Cuba".

O governo promete priorizar as negociações de novos acordos comerciais, como parte do esforço de garantir oportunidades de acesso a mercado para bens e serviços do País, e a continuação do processo de aproximação com a OCDE, com vistas à acessão plena.

"Também haverá crescente integração da diplomacia econômica com os ecossistemas de inovação científica e tecnológica de países parceiros". Nesse sentido, o governo diz que o Itamaraty tem reforçado sua estrutura econômica e integrado de "maneira mais efetiva" as unidades responsáveis por negociações e promoção comercial.

"Departamentos temáticos e mais especializados poderão ser criados, como o do agronegócio, que elevarão o perfil com que o Brasil trata desses temas".