O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), teceu críticas à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que determinou a soltura de todos os condenados em segunda instância. A decisão, em caráter liminar e de urgência, beneficia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lição de hoje: trabalhe, acorde cedo, se esforce para dar o melhor para a sua família, ensine seu filho que o estudo é o caminho certo para ter um vida digna e no final do dia veja uma autoridade da mais alta corte nacional ensinar-lhe tudo ao contrário...
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) 19 de dezembro de 2018
O filho do presidente eleito havia postado junto ao texto imagem de um jovem de 18 anos, que foi tatuado com a inscrição "eu sou ladrão e vacilão", em 2017, em São Bernardo do Campo. O tatuador e o cúmplice foram presos em flagrante por tortura. Os dois alegaram que o rapaz teria tentado furtar uma bicicleta e, por isso, ficaram revoltados e "resolveram tatuar o mesmo como forma de punição". Eduardo Bolsonaro apagou a postagem com a foto do jovem minutos depois e republicou apenas o texto.
Mais tarde, Eduardo fez outro comentário sobre o assunto. "Lembrando que quem entrou [com] a ação foi o PCdoB", escreveu, lembrando que Marco Aurélio Mello aceitou pedido da sigla.
'Para fechar o STF, basta mandar um cabo e um soldado'
Em vídeo, publicado antes do primeiro turno das eleições, Eduardo Bolsonaro chegou a fazer ameaças ao STF. "O pessoal até brinca. Se quiser fechar o STF você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo", disse à época o parlamentar.
“Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que que ele é na rua? Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação popular em favor dos ministros do STF? Milhões na rua ‘solta o Gilmar, solta o Gilmar’ (referência ao ministro do STF Gilmar Mendes), com todo o respeito que tenho pelo ministro Gilmar Mendes, que goza de imensa credibilidade junto aos senhores”, ironizou Eduardo Bolsonaro.