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Aliados do PSL batem boca em WhatsApp

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Aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro protagonizaram um ferrenho bate boca no grupo WhatsApp “Bancada PSL 2019” na madrugada de ontem. O jornal “O Globo” teve acesso a troca de mensagens entre a deputada federal eleita Joice Hasselman (PSL-SP) e o deputado federal e senador eleito Major Olimpio (SP), que expõe intrigas, disputas de poder e a desconexão nas relações de atuais com futuros parlamentares da sigla. A deputada acusou o partido de ter articulação política “abaixo da linha da miséria” e se colocou na posição de quem está trabalhando para melhorar o diálogo com os políticos no Congresso. A fala provocou reação do Major Olímpio (SP), integrante do grupo.

Joice insistiu que “disputas de espaço pouco republicanas” estariam em curso no PSL.“Nossa articulação oficial na Câmara e no Senado, repito, está abaixo da linha da miséria”, escreveu a futura deputada. Em outro trecho, disse ter recebido reclamações de senadores sobre a falta de interlocução com o governo e com o PSL. A temperatura subiu e ela alfinetou Olímpio: “Interessante saber que o senhor está articulando à revelia da bancada e do presidente do partido”.

No barraco virtual, o filho de Jair Bolsonaro, deputado federal Eduardo, acusou Joice de “atropelar qualquer um que esteja à frente de seus objetivos”. A deputada eleita retrucou dizendo que Eduardo deve “crescer” e parar de mandar “recadinhos infantis” via Twitter. Eduardo Bolsonaro entrou na discussão do grupo por volta das 12h 50 e acabou revelando plano do pai para influenciar na disputa pela presidência da Câmara. Ele disse que recebeu ordens do pai para conduzir as articulações na Câmara apenas nos bastidores, de modo a não irritar o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “O PSL está fora das articulações? Estou fazendo o que com o líder do PR agora? Ocorre que eu não preciso e nem posso ficar falando aos quatro cantos o que ando fazendo por ordem do presidente. Se eu botar a cara publicamente, o Maia pode acelerar as pautas bombas do futuro governo. Por isso, quem tem feito mais essa parte é o delegado Waldir no plenário e o Onyx via líderes partidários”, diz Eduardo Bolsonaro.