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Família fará funeral para desaparecido

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Na volta ao Rio de Janeiro na semana que vem, Márcia Ferreira Pereira Guimarães vai decidir com a família se vai organizar um funeral para o pai, o sindicalista e militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) Aluízio Palhano. Desaparecido político desde 1971, o militante teve sua ossada oficialmente identificada por peritos.

A informação foi dada ao Estado por Clarisse Montuano, sobrinha-neta de Palhano e autora do documentário Um Companheiro Nele, conta a história do tio-avô. “A família só soube da morte em 1976, cinco anos depois (do desaparecimento de Palhano). A partir daí, iniciou uma busca incessante pelo corpo. Fui a Cuba com minha mãe atrás de informações sobre o período em que ele esteve lá e descobri que, em Cuba, é um herói.”, contou Clarisse. Ela acrescentou que Márcia vai avaliar ainda se será possível desarquivar o processo sobre o caso no Supremo Tribunal Federal.

A identificação do corpo foi anunciada publicamente na última segunda-feira, no 1.º Encontro Nacional de Familiares, promovido em Brasília pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. A denúncia era de que o sindicalista foi assassinado no DOI-CODI de SP.