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Eleição e convites de Doria fazem Bruno Covas mudar secretariado

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No momento que o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), avança na montagem do seu secretariado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), iniciou nesta segunda-feira, 12, uma ampla reforma no primeiro escalão de sua equipe.

Tendo em vista a sua reeleição em 2020, Covas vai substituir nomes ligado a Doria e dar uma cara própria a gestão. Deixam a Prefeitura Fábio Santos, secretário especial de Comunicação; Wilson Poit, responsável pela pasta de Desestatização e Parcerias; Marcos Penido, comandante das Prefeituras Regionais; e Filipe Sabará, da Assistência Social.

Com exceção de Santos, os demais podem ser chamados para compor o secretariado de Doria, que assume o governo do Estado em janeiro. Penido e Sabará são os mais cotados.

Outro que deve sair é o secretário da Casa Civil, Eduardo Tuma (PSDB). A ideia é retomar a vaga de vereador e disputar a presidência do Legislativo.

O favorito para a Casa Civil é o vereador João Jorge, presidente municipal do PSDB e aliado de Covas e Doria. A pasta responde pela difícil articulação entre prefeito e vereadores.

Seguindo a mesma estratégia de Doria no Palácio dos Bandeirantes, Covas avalia reduzir ou fundir secretarias para enxugar a máquina. A pasta da Desestatização - responsável por privatizações e concessões de equipamentos públicos, uma das principais bandeiras de Doria na eleição de 2016 - é uma das que podem ser eliminadas.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, Doria foi questionado se levaria nomes da Prefeitura para o Estado. Respondeu que sim, mas disse não existir um "cordão umbilical" com Covas.

Neto do ex-governador Mário Covas, o prefeito é um dos políticos do PSDB paulista com mais ascendência sobre a máquina partidária. Em 2016, quando era deputado federal e secretário estadual de Meio Ambiente, desistiu das prévias tucanas e apoiou Doria para concorrer à Prefeitura.

Com a chancela do então governador Geraldo Alckmin, Covas se tornou peça chave para a vitória no 1° turno. Quando Doria se lançou para o Estado, novamente Covas teve papel central na articulação com o PSDB e partidos aliados.

Após a saída de Doria da Prefeitura em abril, Bruno Covas manteve boa parte da equipe em cargos estratégicos. Desde o início, estava acertado que mudanças mais significativas ocorreriam após a eleição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.