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Jair Bolsonaro vai cumprir, hoje, sua primeira agenda em Brasília como presidente eleito

Fátima Meira/AE -
O presidente eleito Jair Bolsonaro e a equipe de transição vão despachar no Centro Cultural Banco do Brasil, no Setor de Clubes de Brasília
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O presidente eleito Jair Bolsonaro desembarca, pela primeira vez, na capital federal hoje, para participar da sessão solene em homenagem aos 30 anos da Constituição Federal. Embora esteja no evento ainda como deputado federal, Bolsonaro será protegido por forte esquema de segurança, digno da solenidade de posse, marcada ainda para primeiro de janeiro.

A circulação nas dependências da Câmara e do Senado estará restrita. Profissionais de imprensa, por exemplo, não terão acesso ao plenário. Além do presidente eleito, estão previstas as presenças do atual presidente Michel Temer; do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; da procuradora-geral da República, Raquel Dodge; além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Bolsonaro chegará a Brasilia em um avião da Força Aérea Brasilieira, acompanhado por 14 assessores, entre eles o futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes. A previsão é que permaneça até amanhã.

Macaque in the trees
O presidente eleito Jair Bolsonaro e a equipe de transição vão despachar no Centro Cultural Banco do Brasil, no Setor de Clubes de Brasília (Foto: Fátima Meira/AE)

Ontem, em seu primeiro dia como ministro extraordinário da transição de governo, Onyx Lorenzoni evitou dar detalhes sobre o andamento dos trabalhos na transição ou a formatação do ministério. “Estamos seguindo a máxima de muito trabalho e pouca conversa. Temos que baixar a cabeça e trabalhar fortemente para colocar os nossos conceitos para o novo governo”, disse ele aos jornalistas.

Segundo Lorenzoni, o próprio Bolsonaro é quem “fará alguns anúncios” amanhã, após se encontrar com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. Enquanto durar a transição, Bolsonaro e seus assessores vão despachar no Centro Cultural Banco do Brasil.

Depois de comentários desencontrados, vazamento de possíveis nomes do ministério por parte dos aliados e até desavenças entre seus auxiliares, como o que ocorreu entre Lorenzoni e Guedes sobre a votação da reforma previdenciária, a ordem do voto de silêncio partiu do presidente eleito.

O general Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, que também integra a equipe de transição, foi taxativo ontem ao evitar comentar decisão do Egito de adiar a visita ao Brasil após o anúncio de que o governo brasileiro mudará a embaixada de Israel para Jerusalém. “Na campanha, a gente pode tecer considerações (sobre assuntos de outras áreas). Agora é cada macaco no seu galho”, disse, acrescentando que somente o indicado para o Ministério das Relações Exteriores poderia responder. O futuro presidente ainda não definiu o nome que comandará o Itamaraty no próximo ano. Entre os nomes que circulam nos bastidores, em Brasília, está o atual embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sérgio Amaral.

Heleno, no entanto, voltou a comentar as declarações feitas pelo ex-chanceler Celso Amorim, que também foi ministro da Defesa, a uma entrevista no canal de TV americano CNN. “Critiquei o fato de um ex-ministro das Relações Exteriores e de um ex-ministro da Defesa conduzir com alguns dos seus principais auxiliares à época que era chanceler, uma campanha contra o Brasil”.