Pesquisa do TSE mostra que nas eleições para deputado estadual índice é de 23% P esquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para analisar o impacto da campanha de esclarecimento realizada para as eleições deste ano, mostra que a memória política do brasileiro continua curta. Principalmente, para os cargos de deputado estadual, em que 23% dos entrevistados afirmaram não se lembrar em quem votaram em outubro.
Em segundo lugar do ranking do esquecimento estão os votos dados aos deputados federais, com 21,7%. No caso de senador, a falta de memória do eleitor ficou em 20,6% dos entrevistados.
O levantamento entrevistou duas mil pessoas entre os dias 3 e 7 de novembro, nas cinco regiões do país, em 136 municípios, selecionados aleatoriamente por sorteio. Os entrevistados tem entre 16 e 70 anos, com escolaridade que varia entre a 4ª série e o ensino superior completo. A maior parte, 32%, declarou ter cursado ensino médio.
Reforma política Para o cientista político da UnB Otaciano Nogueira, o resultado do estudo se repetirá a cada eleição enquanto não for feita a reforma política. Isso porque, pelo atual sistema, os eleitores escolhem o candidato, apesar de o mandato pertencer aos partidos políticos.
– No Brasil, os candidatos chegam a mais de 100 mil nas eleições majoritárias. No caso das eleições municipais, são mais de 200 mil. Só em São Paulo, 90 deputados estaduais e 70 fede rais. Como o cidadão vai lembrar disso tudo? – questiona.
Para ele, a solução é o voto em legenda, em que os eleitores escolhem a lista elaborada pelos partidos. E afirma que é muito difícil que essa mudança aconteça porque os políticos não teriam mais a certeza de que seriam eleitos.
O cientista afirma ainda que, com o modelo atual, a maior parte da população não se vincula aos políticos e, consequentemente, não toma conhecimento do que o candidato que ele ajudou a eleger defende.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados qual o principal meio de comunicação utilizado para se informar sobre as eleições. A televisão continua a principal fonte de informação, com 56,6%, seguido por conversas com amigos e parentes, 18,4%.
Em terceiro lugar aparece a internet, com 9,9%, a frente dos jornais impressos, rádios e revistas. Só em São Paulo, são 90 deputados estaduais e 70 federais. Como o cidadão vai lembrar disso tudo? Otaciano Nogueira cientista político da UnB “