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Nem Sabrina Sato de fio-dental e fantasiada de lustre, nem Ivete Sangalo em seu show elétrico que teve até funk. Quando Deborah Secco surgiu no Baile da Vogue no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, só dava ela com apenas uma pintura prateada como fantasia. Os convidados ficaram impactados.
"É uma mistura de glicerina com glitter e umas "meias-luas" para dar o efeito platinado. O tema é o jardim dos prazeres, então trouxemos a tentação da carne. Toda carne é ótima, seja mais gordinha, magrinha, branca, negra. A gente pode tudo nessa vida. Essa é a mensagem que quero passar com essa fantasia, porque quem paga nossas contas somos nós", disse Deborah, que afirmou que teve o corpo pintado em apenas uma hora.
A atriz é adepta de fantasias ousadas e curte a criatividade que elas despertam. Simpática, ela cumprimentava amigos só com beijinhos, sem encostar nas pessoas, para não manchar a roupa de ninguém. "O que tenho de melhor está muito além de um corpo. Que a gente ame nosso corpo como ele é."
Um decote profundo deixava à mostra o detalhe interessante da fantasia de Isis Valverde. "Coberta? Olha aqui", disse, mostrando um acessório que adornava o pescoço e também se conectava a duas coberturas de mamilos colados com cola de carnaval, segundo a atriz, que comemorou a ida do baile para o Rio após 15 anos em São Paulo.
"Tem tudo a ver com o Rio e o tema ainda é realismo tropical. O Rio tem magia, brilho, tudo a ver. Se fosse São Paulo eu não teria como ir, gravando."
E, entre tantos decotes, brilhos e nudes, houve quem usasse a fantasia como protesto.
Giovanna Nader, apresentadora do GNT e mulher de Gregorio Duvivier, foi com uma fantasia que chamou de "Boycott Plastic", feita de materiais recicláveis que ela juntou por dois meses. "Tem colherinha, plásticos, material de limpeza e tampinhas de água mineral, que agora a Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro] não nos deixa tomar água. Fiz com arame e cola quente. Plástico é o maior mal do mundo."
A cantora Zabelê, uma das filhas de Baby do Brasil, também aproveitou o look para demonstrar a revolta com a companhia de águas do Rio.
"Estava passando uma temporada em Nova York e recebendo mensagens de amigos daqui me falando da situação da água. Resolvi vir de rainha das águas limpas. É um absurdo chegar na minha cidade e não ter água", disse a artista, que está para lançar um EP que, segundo ela, vai matar as saudades do SNZ, grupo que tinha com as irmãs Sara Sheeva, e Nãna Shara.
Antes de Ivete subir ao palco, Ludmilla fez os convidados dançarem até o chão com seus hits. A funkeira era só alegria com o show em um lugar icônico do Rio e em uma festa já tradicional no Carnaval de luxo da ponte aérea Rio-São Paulo.
"Eu estar aqui deve servir de inspiração. É um sonho, três anos querendo. Ganhei até um quarto, sem hora pra ir embora", brincou Ludmilla, que se surpreendeu com o público cantando toda a letra de "Verdinha".
"Tô vendendo a grama da verdinha a um real (...) Fiquei locona, chapadona", diz a música. Coincidência ou não, o cheiro de maconha pairava no salão.(Com FolhaPressSNG)