ASSINE
search button

Moët Hennessy entra no mercado dos rosés para liderar

Rogerio Rebouças -
Château Galoupet foi adquirido por Moët Hennessy.
Compartilhar

O sucesso dos vinhos rosés no mundo é uma realidade incontestável. Tal qual no Brasil as vendas não param de crescer. De 2014 a 2017 o crescimento das exportações francesas foi superior a 33% em volume e de mais de 40% em valor no mesmo período. O preço médio das exportações praticamente dobrou nos últimos dez anos, tudo segundo o CIVP, Comitê Interprofissional dos Vinhos da Provence.

Macaque in the trees
Château Galoupet foi adquirido por Moët Hennessy. (Foto: Rogerio Rebouças)

Esses resultados não iriam passar despercebidos para o grupo Moët Henessy que tem foco no luxo. Número 1 do Cognac com a marca Hennessy e do Champagne com marcas como Moët Chandon, Veuve Clicquot e Ruinart, o grupo presidido por Bernard Arnaud comprou por 30 milhões de euros o Château de Galoupet na Provence, segundo a agência Reuters.

Este Grand Cru Classé da Provence produz 500 mil garrafas por ano, sendo 450 mil de rosés e faturou em 2017 2,5 milhões de euros. Tem 72 hectares em produção de um total de 160 hectares. A propriedade estava mãos da família anglo-indiana Shivdasani desde 1973, mas os herdeiros não se dedicavam suficientemente ao Château. Colocado à venda por 60 milhões de euros há alguns meses a oferta chamou a atenção do grupo Moët Henessy que conseguiu fechar o negócio pela metade do valor anunciado. O vinho que era vendido em grande volume nos supermercados e notadamente na rede Casino, no Brasil GPA, deve mudar de foco e ampliar sua força no circuito “off trade” e na exportação.

Um trabalho de melhoria qualitativa com investimento no vinhedo e na adega vai ser efetuado e o posicionamento vai ser no topo da pirâmide como de todos os produtos de Bernard Arnaud. Em breve Minuty, Ott, Miraval e Whispering Angels, par citar somente alguns, terão um forte concorrente. Santé.