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Longe do espaço

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Principais programas brasileiros amargam atrasos e verbas escassas A os trancos e barrancos, o programa espacial brasileiro resiste. Uma das promessas do ex-presidente Lula – de mandar para o espaço o Veículo Lançador de Satélite (VLS) até o final de seu governo – não foi cumprida. A previsão orçamentária para o programa já havia sido reduzida em 2010. Com o anúncio do corte de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011, a órbita do planeta Terra fica cada vez mais distante.

Entre os principais programas a que o Brasil se dedica estão, além do VLS, o Veículo Lançador de Microssatélite (VLM) e a parceria com a Ucrânia, por meio da Binacional Cyclone Space. Mas o investimento para o setor já tinha sido reduzido antes mesmo do corte anunciado pelo governo.

Especialistas são unânimes em dizer que o investimento do Brasil em seu programa espacial é muito baixo, principalmente se comparado com outros países em desenvolvimento.

O VLS, que começou a ser desenvol vido na década de 80, ganhou notoriedade depois do acidente em que morreram 21 pessoas durante o seu lançamento, na Base de Alcântara (MA), em 2003. Após o trágico episódio, o então presidente Lula em vão disse que o Brasil alcançaria o espaço até o final do seu mandato E, ao que tudo indica, o ritmo deverá ser mantido no governo de Dilma Rousseff.

A previsão é que o primeiro lançamento do VLS só ocorra em 2015.

No ano passado, foram alocados R$ 31,4 milhões para o programa. Este ano a previsão de investimento é de R$ 16,2 milhões e, em 2012, R$ 45 milhões. Os testes e equipamentos de motores para o foguete são feitos em parceria com a Alemanha.

De acordo com o diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da Agência Espacial Brasileira, Nilo Andrade, a meta do lançamento do VLS é testar as alterações feitas depois que houve o acidente.