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Reunião de acertos

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A inda que não tenda a sobreviver na lembrança muito tempo após o término da projeção, O sequestro de um herói é uma reunião de acertos. Os aplausos devem ser creditados ao satisfatório rendimento do elenco e à utilização da trilha sonora e do som como aliados importantes na construção de uma atmosfera de suspense.

O cineasta Lucas Belvaux (também responsável pelos bons diálogos que integram o roteiro) conduz com bastante segurança o registro da via-crucis do poderoso industrial Stanislas Graff (interpretado por Yvan Attal), repentinamente sequestrado. A partir daí, a estrutura do filme se divide, sem rasgos de originalidade, entre o confinamento de Stanislas e a negociação do resgate, com destaque para o conflito entre os interesses empresariais e os anseios familiares. Durante o período em que o protagonista permanece no cativeiro, evidências de sua vida oculta – em especial, no que se refere a injustificáveis gastos com jogo e relacionamentos extraconjugais, revelação que expõe Françoise (Anne Consigny), mulher de Stanislas – vêm à tona, dificultando o retorno à vida pública como herói.